(Rita)
-Não sei o que me vais pedir mas aceito. – Disse o André cruzando as
nossas mãos.
-Oh tonto mas tu ainda nem sabes. – Disse eu aconchegando-me nos
seus braços.
-Mas
eu confio em ti bebé. – Corei. Dei-lhe um beijo sentido e
carente, frenético e emotivo.
-E
posso saber o porquê desse beijo? – Disse dando-me um
beijo na bochecha.
-Precisas de uma justificação para te beijar? – Sorrimos. – Se quiseres não o volto a fazer.
-Não,
não! – Disse assustado. – Eu quero muito repeti-lo e tantas vezes até te enjoares de mim.
-Mas
eu nunca me vou enjoar de ti meu amor. – Disse sorrindo.
-Nem
sabes a felicidade que me dá saber isso. Mas conta-me lá o teu pedido.
-Como tu sabes o Dádá ainda não tem padrinhos
e eu já os escolhi mas preciso de ti.
-E
em quem pensaste?
-Na
Ana e no Rodrigo mas quero surpreende-los, só no dia de batismo é que ele vai
saber, até lá és tu. Não te importas?
-Não,
claro que não. Assim até os podemos juntar subtilmente. E ela vai saber que é
ela a madrinha?
-Sim,
o Rodrigo e a minha prima só vão saber no próprio dia que é ele o padrinho e
não tu. Espero que aceite.
-Já
falaste com o pai do David? – Acenei positivamente
com a cabeça. – E olha de certeza que o
Rodrigo vai aceitar. Olha Ritinha secalhar é melhor irmos embora que já é
tarde.
-Deixa-me
ver as horas. – Olhei para o relógio e já estava
atrasada. – Sim, deixa-me só chamar o
David.
-David.
–
Disse o André. – Anda cá bebé. – O
menino aproximou-se e perguntou:
-São
namoados? – Perguntou curioso.
-Não
filho, quer dizer mais ou menos. – Os dois olharam-me. – Mas vou fazer-te a vontade. – Beijei o
André mas foi um beijo calmo e curto, só para satisfazer o meu filho. Olhei-o e
estava boquiaberto.
-Quando começarmos a namorar tu vais ser o primeiro a saber mas somos
quase namorados.
-E
poque não namoam? – Perguntou o pequeno.
-Porque ainda não ouve um pedido. – Disse eu quase sem pensar.
-Queres
namorar comigo? – Perguntou o André olhando-me olhos nos
olhos.
Levantei-me, arranjei a
minha roupa e falei:
-É melhor irmos embora que já é tarde. – O David agarrou-me na perna
e falou:
-Mamã, mamã. – Peguei-o ao colo. – Namoa com o Gomas po mim. – Fiquei sem saber o que dizer.
-Não te compreendo. – Disse o André levantando-se. – Mas tu gostas de mim ou não?
-Eu
preciso de tempo e espaço está bem? – Disse já chateada. – Podes-me ir levar a mim e ao meu filho ou
já estás atrasado? – Perguntei.
-Eu levo-vos até casa. – Fui buscar as malas e o André seguiu-me. – Mas fiquem sabendo que vos adoro.
-Também
goto de ti Gomas. – Disse o pequeno. – E tu mamã?
-Gosto
muito, muito. – Abri a porta de casa e fomos todos
juntos até ao carro.
A viagem até minha casa
demorou mais tempo do que demorou antes. O rádio ficou desligado e ninguém
falou durante a viagem. O ambiente era pesado. O André estacionou o carro a
alguma distância do prédio porque já não havia lugar próximo e tivemos que
ficar juntos durante algum tempo.
Fizemos o caminho entre
o seu carro e o meu em silêncio, o David é sossegadinho mas quando estava com o
André brincavam e falavam, pareciam dois meninos pequenos mas desta vez o
ambiente era pesado o suficiente para nenhum deles ter coragem de falar. O
David estava ao meu colo e ainda tentei fazer cócegas na sua barriga mas ele
não permitiu. Já perto do carro decidi falar:
-Meninos. – O David olhou-me mas o André não o fez. – André. – Disse eu e ele olhou-me. – Vocês importam-se de me explicar o porquê
de estarem assim?
-Tu
és má po Gomas. E eu to tiste. – Disse cabisbaixo o meu
filho, parecia que o meu coração tinha gelado.
-Acho que sabes o que fizeste amor. – Chegamos juntos ao carro e
olhei o André.
-Ficaste assim tão chateado comigo André Filipe?
-Queres
que te seja sincero?
-Sim,
não esperava outra coisa de ti bebécas.
-O
quê mamã? – Perguntou o David.
-Nada filho estava a falar com o Gomas.
-Tá
bem mamã pensava que ea eu o teu amo.
-És tu e o André meu bem. Não faz mal
chamar-lhe assim pois não meu amor?
-Não.
Mamã podes abi o pópó paga i busca os binquedos?
-Sim.
Mas fica sossegado está bem? – Abri a porta do carro e
coloquei o meu filho sentado na cadeirinha e dei-lhe os brinquedos.
Aproximei-me do André e ele falou:
-Eu gosto muito de ti, muito mesmo e tu dizes que também gostas mas as
tuas atitudes demonstram o contrário.
-O que queres que faça? Explica-me! Queres que vá para a cama contigo e
dê um irmão ao David?
-Não!
Entende de uma vez que eu te amo por amor não é a amizade que já foi. É assim
tão difícil assumires o que sentes? – A conversa tornou-se
uma discussão.
-Está tudo muito confuso na minha cabeça preciso de tempo e espaço!
-Então
eu dou-te todo aquele que precisares se quiseres até me afasto como antes.
-Não!
–
Disse assustada. – Eu não quero isso
dá-me apenas uns dias.
-Então
eu dou-te, só quero o teu melhor, o teu, o meu e o do David que também o amo
muito.
-Só
preciso de uns dias André, mas não quero ficar sem ti, gosto demasiado de ti
para te perder! Posso só dar-te um beijinho de despedida? Quero ficar com um
gosto teu… - Ele não me deixou acabar a frase,
beijou-me. Pegou-me ao colo e encostou-me ao carro, foi um beijo intenso e
cheio de emoção, sentido e super emotivo, foi um beijo como nunca lhe tinha
dado. Despedimo-nos com a promessa de uns dias mais tarde nos cruzarmos para
falarmos.
(Quatro
dias mais tarde)
As saudades do André já
me matavam por completo, o David perguntava constantemente pelo “Gomas”,
magoava-me não o puder ver nem estar com ele. Tomei a minha decisão, e
liguei-lhe para dizer que finalmente já tinha tomado uma decisão, mas não ia
dizer-lhe por telefone, preferi marcar um encontro com ele e dizer-lhe
pessoalmente.
Que decisão terá
tomado Rita?
Será que a decisão será
a mais correta? Como irá reagir ele? Como será o reencontro?
acho que já sei qual vai ser a decisão dela, espero estar certa...
ResponderEliminarmais, por favor...
continua...
beijinhos :*
Fantastico quero mais.bjs
ResponderEliminarPróximo!
ResponderEliminarQuero saber essa novidade! ;)
Bjokinhas
Mariaa
mas acaba-se assim?
ResponderEliminarpróximo urgentemente sff