domingo, 10 de fevereiro de 2013

Capitulo 23: "Tu & Eu"

(Rita)


Nestes últimos quatro dias o meu filho não tem andado bem comigo e estava muito triste, nem beijinhos queria meus, não queria abraços nem brincadeiras, magoava-me que uma atitude minha magoasse tanto duas pessoas que amo. Nestes últimos dias a Ana é que tem sido quase uma mãe para o David, vai busca-lo á escola, levá-lo, brinca e fala com ele como nós fazíamos e foi nestes pensamentos que peguei no telemóvel e liguei-lhe. Um toque, dois toques… cinco toques e ele não atendeu. Senti que era quase um sinal a indicar-me para não lhe dizer que finalmente entendia o que sentia, demorei tanto tempo. Quatro dias! Precisei de 96 horas para entender o que sentia, como é possível ter demorado tanto tempo?! A Ana estava no parque a passear com o Rodrigo e com o David, por isso estava em casa sozinha, a ver televisão, precisava de me distrair por isso fui até á cozinha e comecei a preparar o jantar, como necessitava de algo que me aquecesse por causa do frio rigoroso de Inverno, e por causa do frio e vazio, causado pelas saudades que o André causava em mim acabei por preparar a sua sopa favorita: caldo verde. Preparei a mesa para quatro, ultimamente era assim, o Rodrigo fazia parte da nossa vida, do nosso dia-a-dia, a Ana e ele cuidavam do menino, eu limitava-me a sobreviver, não sorria, pouco falava e a minha energia não era a mesma, ou me fechava em casa mais propriamente no quarto, ou passeava, precisava de tempo e espaço, a cada dia que passava eu sentia que o sentimento que vivia em mim era mais forte, parecia que só inflamava com a distância. No trabalho estranharam as minhas atitudes, mas preferi não falar. No segundo dia de distância do André ele mandou-me uma mensagem que me fez ainda mais ter a certeza da excelente pessoa que ele era, do grande homem que ele era:

Ritinha quero apenas que saibas algo muito importante: eu adoro-te muito, muito, muito, muito, muito, muito tanto a ti como ao David! Vou-te dar todo o espaço que quiseres e precisares quero apenas nunca mais te voltar a perder, mesmo que o que sintas não seja igual ao que sinto. Beijinhos para uma das mulheres que mais gosto na minha vida!”

Não aguentei não chorar a ler estas palavras, ele era sem dúvida das pessoas que mais gostava, um dos homens que mais admiro, apesar de só termos 19 anos ele já era mais homem que muitos que conheço, era sincero, humilde, verdadeiro, um querido, honesto, era apaixonante e eu interrogava-me como consegui esperar 19 anos até me apaixonar por ele. Respondi:

André, meu amor tanto eu como o David te adoramos até ao infinito mas desconfio que eu gosto mais que ele xD Não quero esperar muito tempo porque cada vez tenho mais a certeza do que sinto! Nunca mais te vou perder garanto-te! Beijinhos da tua eterna pequenina e do pequenino piolho.”

Perdida em pensamentos e talvez a distância que tinha do telemóvel (eu estava na cozinha e ele estava no quarto) me impediu de o ouvir tocar e só quando chego ao quarto deparo-me que tinha uma chamada não atendida do André, apenas tenho tempo de ver que é ele, tinha chegado atrasada um/dois minutos, mas mal tenho tempo para ver a chamada que recebo logo outra, a música era a “nossa música” (Jason Mraz ft Colbie Caillat – Lucky), perdi a conta às vezes que ouvi e reflecti ao som desta música nas últimas 96 horas da minha vida. Também descobri músicas que me fizeram entender melhor o que sentia por ele, por vezes a música é mesmo a melhor amiga de uma pessoa, não precisava de ninguém para me dar conselhos nem me apoiar, precisava apenas do meu espaço, por vezes fui fria para a Ana e para o Rodrigo mas queria apenas reflectir  Atendi a chamada num segundo e falei:

-Olá meu rei. Nem imaginas as saudades que tenho tuas e de ouvir a tua voz!

-Olá minha pequenina. Nem imaginas a felicidade que me dá saber que sentes as mesma saudades que eu!

-Nem sabes o quanto te adoro e o quanto preciso de ti hoje e sempre! Já tomei uma decisão meu amor!

-E qual foi?

-Digo-te quando estivermos juntos pode ser?

-Sim, claro meu bem! E tens a certeza do que sentes e da decisão que vais tomar?

-Nunca tive tão certa daquilo que sinto meu homem! E quando podes estar comigo?

-Hoje á noite ia com o meu mano até casa do Luisão porque ele vai fazer uma noite de jogos com o plantel, mas eu digo que não vou e podemos estar juntos e despacho o Simão.

-ANDRÉ FILIPE! – Disse em forma de reclamação. – Já combinaste e não vais descombinar por minha causa! Esperamos por amanhã, pode ser que até lá não queiras mais ouvir a minha voz e te queiras afastar de mim. – Disse triste, a ideia de acontecer magoava-me. – O Simão está cá em Lisboa? Ai que saudades que tenho dele! – O Simão é o irmão do André. Tinha saudades dele mas nada que se comparasse as saudades que me devoraram interiormente do André. Não via o Simão há mais tempo, desde que vim viver para Lisboa mas o meu matulão era sem dúvida o meu matulão, o meu amigo, o meu amor…

-Cá para mim tens mais saudades dele do que minhas. – Disse triste imaginando. – Mas eu tenho mais saudades tuas que deles e quero muito ouvir o que sentes! Não me podes dizer pelo telemóvel? Eu preciso disso para viver hoje.

-Não me faças isto por favor André! – Supliquei. - Sabes que não era ser justo dizer-te por aqui, tu mereces mais e melhor meu rei! – Cada vez entendia melhor o que sentia por ele. - És a pessoa de quem o meu coração sente mais saudades. A dor que este sentimento me causa são tão difíceis de lidar, e saber que estamos assim por minha causa só piora tudo! – As lágrimas já me atravessavam o rosto. – Esta saudade causa-me uma dor inexplicável, tive muito tempo separada de ti, é verdade, mas o que sinto agora é tão diferente, é tão mais forte, não digo que antes não me magoasse mas o que sinto agora é mais forte! – Tentei manter-me calma mas as lágrimas ainda me escorriam pela face. – Esta dor destrói-me em todos os sentidos, mata-me por dentro, tira-me as forças que tenho, a alegria que tinha por saber que podia estar contigo. Foram só 96 horas mas foram as mais difíceis da minha vida! Nem sabes o quanto quero estar junto de ti e abraçar-te! – Limpei as lágrimas, ouvi entrarem em casa e esperei que o André respondesse para rever o meu filho, de quem também tinha saudades.

-Apanhaste-me completamente desprevenido! Não esperava que transcrevesses tudo o que o meu coração também sente. Eu preciso de estar contigo neste momento Rita, eu preciso rever-te, não amanhã, não daqui a bocado mas AGORA!

-Não André, não vais deixar todos aqueles de quem gostas para trás por minha causa, está fora de questão! Vais esperar por amanhã e com calma falamos.

-Se gostas de mim deixa-me ir ter contigo! – Não, não poderia ser!

-Adoro a tua mania de teres sempre uma resposta na ponta da língua! – Sorri. -Sabes que não provo nada em deixar-te vires ter comigo! Agora tenho de desligar que o pequeno chegou a casa, beijinhos te adoro meu matulão.

-Eu não te adoro eu AMO-TE! – Fez questão de realçar estas últimas palavras. – Beijinhos até amanhã. Encontramo-nos há hora do pequeno-almoço em tua casa. – Desligamos a chamada. E fui ao encontro do meu filho, abracei-o e dei-lhe um beijinho, desta vez ele assim o permitiu, o menino é muito inteligente (não é ser convencida mas sai á mãe!) entendeu que nada estava igual. Fomos todos para a mesa do jantar, jantamos e bastante animados, eu estava participativa e animada como não acontecia desde há 4 dias. Brinquei um bocadinho com o menino depois do jantar para dar alguma privacidade ao “casalinho” mas o David ficou com sono e acabei por me deitar ao lado dele, mas o sono não aparecia, o André não saia da minha cabeça e coração, não me abandonava por razão alguma, ouvi algumas músicas, mas o sono não queria nada comigo, eram já quase 3 da manhã. Num impulso levanto-me da cama, pego no meu filho e coloco-o com muito cuidado ao lado da Ana, mas ela desperta e pergunta:

-Posso saber porquê é que vieste deitar o menino ao meu lado? E o que fazes acordada às… - Olhou para o relógio que estava na mesa-de-cabeceira. – Ainda nem 3 da manhã são?

-Não consigo dormir e vou falar com o André e dizer o que sinto. Posso pedir-te para tomares conta do David por favor?

-Claro que sim, ele comigo porta-se bem. Não podes adiar essa tua declaração de amor para amanhã de manhã? Agora corres o risco de levar com a porta na cara.

-Estou disposta a cometer esse risco. E já agora como sabes que vai ser uma declaração de amor? – Dei um beijinho a cada um em forma de despedida. – Não sei se volto hoje.

-Eu conheço-te Rita, sei que o amas mas vai lá que tens andado insuportável nestes últimos dias. Beijinhos. Vai lá embora que eu quero voltar a dormir.

Fui embora daquela casa, tinha o pijama vestido e vesti um casaco de inverno para me proteger do frio, levei a mala com o básico, chaves, carteira e pouco mais. Quando cheguei á entrada do prédio vi passar um táxi e chamei, o senhor estranhou o meu pijama mas não fez perguntas, dei-lhe as indicações e pedi para acelerar, o senhor assim fez. Paguei-lhe e fui até á porta do prédio, convenci o segurança a abrir-me a porta, por sorte conhecia o André e ele tinha-lhe contado que gostava muito de uma rapariga chamada Rita, pois bem eu sou a Rita “do André”. Subi ate ao segundo andar daquele prédio. Toquei á campainha, uma, duas, três vezes já entendia que ele estava a dormir ou então não estava em casa, mas não queria desistir, toquei uma última vez e abriram quando já me encaminhava para voltar para casa. Era o André. Mas o André apenas com os boxers vestidos, admirei-o, como era possível ele ser tão perfeito, tão homem, tão maravilhoso?! Mirando-o de alto a baixo digo:

-Desculpa ter demorado 96 horas a entender o que sinto por ti, desculpa ter demorado 19 anos a apaixonar-me por ti, desculpa ser tão parva e insegura, desculpa ter-te feito sofrer, desculpa tudo o que te fiz passar. Desculpa não te ter dado tudo o que mereces, e tu mereces tudo! Mas neste momento estou disposta a amar-te como se fosse o último instante, tenho tanto para te dizer, tanto para viver ao teu lado, és o meu companheiro de amizade e de amor e… - Olhei-o pela primeira vez olhos nos olhos. – Amo-te André Filipe Tavares Gomes! – Não tinha pensado no discurso que lhe diria, simplesmente saiu-me do fundo do coração, disse quase tudo o que lhe tinha para dizer e ele ficou quase sem reação, algo que me assustou inicialmente mas acabou por responder pouco depois:

-Amo-te até ao infinito Rita Alexandra Martins Mendonça Gomes! - Gostei do facto de ele acrescentar o seu apelido ao meu nome, fez-me sentir integrada e sentir que ele imaginava a nossa vida em conjunto, uma vida só nossa, que pensava no futuro.
Ele sorriu e aproximou-se de mim a uma velocidade estonteante, os seus olhos brilhavam, tocou no fundo das minhas costas e puxou-me contra si, coloquei as minhas pequenas mãos sobre os seus peitorais e ai que tais! Estavam tão bem desenhados, o seu corpo parecia que tinha sido esculpido pelas mãos de Deus, parecia que tinha sido feito a pensar na perfeição. O seu toque era tão meigo, tão carinhoso mas ao mesmo tempo tão masculino, era tão possessivo ele queria viver aquele momento a qualquer custo. Beijamo-nos num beijo há muito pensado e desejado, um beijo de saudade, de amizade, de amor, de carinho, de ternura, um beijo intenso, nunca houve vergonha, aliás posso dizer que os primeiros segundos foram pouco intensos comparativamente com os restantes. O seu coração batia a um ritmo acelerado, se houvesse dúvidas do que ele nutria por mim esta acabou de ser a prova que o que eu sentia era totalmente recíproco, o meu coração também batia acelerado, amava-o e tudo o que sentia era tão forte, tão nosso, ele esteve presente em toda a minha vida, vivi todos os sentimentos positivos que se podia viver ao seu lado, só nos havia faltado um e agora unia-nos como nunca, o amor. O beijo só terminou porque nos escasseava o ar, e foram apenas segundos entre os restantes, cheios de sentimento como o que havíamos vivido, demos uma volta sobre os nossos corpos, entramos dentro de casa e entre beijos fechamo-la, encostou-me á parede e a sua mão entraram para dentro do meu pijama, o seu dedo indicador e o dedo do meio percorreram todas as minhas costas com as pontas, senti um calafrio percorrer-me a espinha. Separou os nossos lábios e sorrimos, puxei o corpo dele contra o meu, coloquei as minhas mãos no seu pescoço e queria que ele se colasse literalmente a mim, as suas mãos voaram até a parte de baixo das minhas pernas, abri-as, ele encostou os nossos corpos e comecei a beijá-lo entre o pescoço, o maxilar e percorri a sua cara com beijos ora mais longos ora mais curtos, mas sempre sentido, ele começava a sentir desejo. Separou os nossos lábios e olhou-me, senti-me corar, já o conhecia mas nunca havia estado numa situação idêntica com ele, perguntou-me com os lábios encostados ao meu ouvido:

-Tens a certeza que queres fazer isto? – Tinha a certeza absoluta, acenei positivamente com a cabeça, mas nós ainda nem namorávamos. Ainda não tinha ouvido da sua boca que também queria, as únicas palavras que me disse foi um “amo-te”. Beijou-me mas agarrei no seu queixo e afastei os nossos lábios, olhamo-nos olhos nos olhos.

-André, eu quero muito, mas preciso de sentir o quanto me queres e se tens a certeza que é isto que queres. – Ele começou a beijar-me entre a orelha, percorreu o meu pescoço com beijos sedutores, doces e sussurrava palavras que me tiravam toda a coragem, todo o medo, que deixavam de fazer correr o autocontrolo em mim.

-As mais bonitas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar. – Cruzamos os nossos olhares por segundos e depois deu-me um beijo prolongado no pescoço. E continuou a fazer o percurso entre o pescoço, o maxilar e a gola do pijama – Nunca me deixes. – A sua mão voou até ao elástico das calças do meu pijama, deixou-as lá pousadas. Coloquei as minhas mãos nos seus braços, apertei-os e ele continuou. O desejo já fervilhava no meu sangue, nas minhas veias, desejava-o mais do que nunca. – Amo-te minha pequena grande mulher. – Não aguentei e beijei-o insaciavelmente, precisava dele para respirar, para sentir qualquer emoção, precisava de sentir que o amava e que ele me amava, apesar do sentimento ser forte e indescritível eu precisava daquele momento. Ele pegou-me ao colo e começamos a beijar-nos, começamos a mimar-nos, a sua língua invadiu a minha boca e os meus lábios invadiram a sua boca em busca de encontrar recantos que apenas eu conheceria, todo aquela mixórdia de sentimentos e emoções invadiram a minha cabeça e o meu coração. O meu lado racional lutava contra o meu lado irracional e sentimental mas com um homem daqueles e com o sentimento que nos unia, o lado emocional vencia, a emoção vencia e desfrutávamos daquele momento como se fosse o primeiro, era o primeiro em conjunto, mas não era a primeira vez que o fazíamos, a única diferença entre a primeira vez que sentíamos o momento e esta era que o nervosismo não governava, os sentimentos faziam-se florir á flor da pele.
Pegou-me ao colo e perdidos em beijos e momentos mais “quentes” fomos até ao quarto mas tentamos não fazer barulho, o irmão dele estava a dormir pacificamente, não o queríamos acordar. Assim que chegou ao quarto pousou-me em cima da cama e afastou-se, queria segui-lo, tive medo que ele estivesse arrependido e tivesse sentido que o momento que íamos viver era um erro, mas eu estava mais certa do que nunca, mas vi-o aproximar do rádio e ligar. Encostei os meus cotovelos aquela cama e estiquei as pernas, como que chamando-o para junto de mim, assim que a música de fundo surgiu ele aproximou-se de mim olhando-me olhos nos olhos, deitou-se sobre mim mas com poucos centímetros de diferença, as suas mãos foram para o colchão entre a minha barriga e eu com necessidade de o sentir, coloquei as mãos nas suas costas e fiz força sobre elas para unirmos os nossos corpos, o beijo começou, desta vez não era o amor a falar, era o desejo, comecei a sentir que os nossos corpos necessitavam mais do que vivíamos a cada instante. A sua mão direita foi para o interior do meu pijama, perdi qualquer decência e argumentos, perdi todas as (poucas) dúvidas que tinha, a sua mão esquerda entrou também para dentro da minha camisola, levantei os braços quase como dando sinal que ele tirasse a camisola. Ainda me olhou directamente quase perguntando se tinha a certeza do que fazia, acenei positivamente com a cabeça e ele retirou a camisola apressadamente, ainda olhou para o meu corpo, admirando-o, não pude não corar, não tinha o corpo perfeito ao contrário do seu por isso sentia que nunca iríamos ficar completos totalmente porque o meu corpo era diferente do seu, fui mãe e por isso o meu corpo ainda tinha efeitos que o provavam, embora já tivesse recuperado a forma que tivera outrora, ou melhor até estava mais magra mas ele tinha o corpo esculpido e eu… Era simples ao seu lado, era uma rapariga banal e vulgar, ele? Era fora de série, era um homem que me completava de uma forma louca, que me fazia sentir nas nuvens, a mulher mais feliz e completa, a pessoa mais amada do mundo, acho que o único amor que era mais sentido que este era o amor que sentia pelo meu filho. O André esteve em todos os momentos da minha vida, quando chorei, quando sorri, quando sofri, ele esteve presente, inclusive foi a primeira pessoa a saber da minha gravidez e mais tarde soube que era um menino, apoiou-me na decisão de não abortar e educa-lo, apesar de também ele estar numa fase má, foi dispensado do Porto, onde também era capitão e depois foi para o Pasteleira e Boavista, ficou triste mas nunca desistiu do sonho de jogar futebol.
As calças do meu pijama acabaram no chão, ficamos de igual para igual, em roupa interior e com os nossos corpos colados, estarmos quase sem roupa ainda fazia aumentar a tensão entre nós. Ele perguntou-me mais duas vezes se eu tinha a certeza com o olhar ou mesmo através de palavras, talvez tivesse dúvidas do que sentia, e do que íamos fazer, mas assim que as minhas calças deixaram de ficar coladas ao meu corpo, e fê-las deslizar, que não ouve mais dúvidas ou perguntas, ele desapertou o meu soutien e fez as alças descerem com a ponta dos dedos e foi dando beijos suaves, deixei de sentir o soutien no meu corpo, ele retirou sem fazer pressão. Olhou para o meu corpo apreciando-o. As poucas roupas que ainda cobriam o nosso corpo voaram para o chão, mas senti-me encolher, tinha vergonha, ele notou que me encolhia e fez também a curta distância que também havia feito. Encostou os lábios ao meu ouvido ainda estando sobre mim e perguntou:

-Não queres fazer isto? – Perguntou ainda com os olhos fechados. Respondi:

-Quero mas o meu corpo não é perfeito ao contrário do teu. – Ele sorriu. Beijei toda a curva do seu pescoço e a sua mão foi até á parte de trás das minhas costas, uniu os nossos corpos. Mas ainda me sussurrou:

-Eu não sou perfeito, mas tu és. – Senti-me corar mais uma vez. Começou a beijar-me desde a minha pequena testa até ao umbigo, voltou para os meus lábios e perdemo-nos lá. Quando já estávamos quase a fazer amor, eu paro-o e digo:

-André e precavermo-nos? Não tenciono voltar a ser mãe tão cedo. – Ele separou-se de mim a muito custo e foi até á mesa-de-cabeceira onde tirou um preservativo e colocou. Enquanto o fazia disse:

-Já me tinha esquecido desculpa princesa. – Deitou-se novamente sobre mim e começamos a fazer amor.
O André não se esforçava para me satisfazer todo ele correspondia aos meus desejos, às minhas necessidades, todo ele parecia feito para me completar, sabia exactamente tudo o que queria e desejava, fazia-o no “timing” perfeito, deixava-me louca de desejo, louca de viver tudo outra vez. Confesso que foi das vezes em que fiz amor e me senti mais completa, apesar de repetirmos mais que uma vez ele tinha energia suficiente para todas as vezes, a mesma energia que eu, só não o fizemos mais quando os nossos corpos já não tinham mais energia. Acabamos por adormecer nos braços um do outro, completamente despidos e radiantes, sentia-me a pessoa mais poderosa e feliz do mundo, poderia todo o meu mundo ruir que ficaria com dois homens que me amariam e que NUNCA me iriam abandonar por razão alguma: o meu filho e o André! Todos os sentimentos e momentos que vivi com o André foram melhores e mais emotivos, foram mais completos, mais felizes, foram melhores do que alguma vez poderia ter imaginado. Acordei de manhã com um beijo nos lábios, olhei para o lado, afinal não tinha sido tudo um sonho. Beijamo-nos mais uma vez e ele disse:

-Bom dia minha pequenina. – Colocou os seus braços ao fundo das minhas costas ficando assim os nossos corpos colados e dando um abraço, as minhas mãos estavam pousadas no seu corpo.

-Bom dia meu matulão. – Não consegui tirar o sorriso do meu rosto. Não conseguia deixar de ser feliz ao lado do André.

-Quero fazer-te um pedido muito especial. – Disse sussurrando.

-E eu dar-te-ei uma resposta ainda mais especial. – Dei-lhe um beijo no rosto. Ele olhou-me olhos nos olhos e perguntou:

O que será que irá André perguntar a Rita?
E o que será que ela irá responder? Que mudanças terá aquela noite na vida deles?

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