(Ana)
Depois
de responder à mensagem do Roberto levantei-me, fiz a minha higiene matinal e
despachei-me a escolher a roupa para ir trabalhar.
Depois de estar despachada do quarto fui até à cozinha. Como seria de esperar a Rita tinha deixado algo na mesa para eu comer, mas a minha fome era nenhuma. Mesmo assim, levei a sandes que ela tinha deixado. Poderia dar-me a fome a meio da manha.
A vontade de ir para o local do meu trabalho era nenhuma… teria de me ir encontrar com o Rodrigo e depois da mensagem do Roberto a vontade de o encarar com toda a história não era nenhuma.
Assim que cheguei ao meu posto de trabalho comecei logo a atender telefonemas. Ora era para falar com o presidente, ora para marcar visitas de estudo.
Não dei por estarem a chegar os jogadores, mas quando o Rodrigo fez questão de parar na recepção o meu coração ia saindo disparado pela boca.
- Bons dias – disse ele super animado.
- Bom dia Rodrigo.
- É hoje que a gente vai ter uma conversa?
- Sim… podemos ter.
- Vou treinar e te pego pró almoço.
- Está bem. Bom treino.
- Bom trabalho.
- Obrigada.
Continuei o meu trabalho sempre naquela de que a hora de almoço não chegasse.
Quando eram cerca das 11:50h o meu telemóvel toca. Pego nele e vejo que é o Roberto. Fiquei sem saber o que fazer, se atender ou desligar a chamada.
Se atendesse ao ouvir a voz dele poderia voltar a quebrar, mas não atendesse ia ficar sem saber o que esperar dele.
Decidi atender:
- Roberto…
- Ana! Como estás? Tinha saudades da tua voz – “e eu da tua” pensei para mim mesma.
- Que exagerado! Olha que a Elena ainda pensa coisas!
- Será sempre verdade que serás uma pessoa muito especial.
- Roberto… a sério.
- Estou a falar a sério… é tão a sério que se olhares para a porta do CFC… - olhei para a porta e estava lá ele. O “meu” Roberto estava à porta do meu local de trabalho com um ramo de rosas brancas, as minhas preferidas. Desliguei a chamada e fui ter com ele.
- Que estás a fazer aqui seu tonto? – dei-lhe um abraço com mega força. Tinha saudades dele. Apesar de tudo o que sofri com a nossa separação, sentia algo por ele… mas também sentia pelo Rodrigo.
- Disseste para ser eu a vir cá… cá estou!
- És tão…tu. Continuas na mesma.
- Olha quem fala… sempre linda tu! É verdade – ele esticou o ramo das flores – são para ti.
Eu segurei-as e cheiravam tão bem…cheiravam a ele.
- Ainda te lembras…
- Tu não me deves conhecer assim tão bem para duvidares que não me lembraria de tal detalhe.
Dei-lhe mais um abraço e algumas lágrimas teimaram em escorrer-me pela face.
- Almoças comigo? – perguntou-me.
Tinha combinado almoçar com o Rodrigo…e contar-lhe a minha história, mas agora…agora o Roberto estava à minha frente, vindo de Espanha para estar comigo…e eu…o que é que queria? Almoçar com os dois…mas não posso.
- Almoço, sim…mas agora tenho de voltar ao trabalho.
- Claro, eu vou aproveitar para ver o treino da equipa e depois pego-te por aqui.
- Tá bom – ele deu-me um beijo na testa e foi para a zona de acesso às bancadas para ver o treino.
Passei o resto da manha a fazer porcaria…estava desconcentrada. Ora olhava para as rosas, ora pensava no Rodrigo, ora olhava para o relógio e ficava sem saber o que pensar. Por um lado, o Roberto tem namorada, mas eu adoro-o. Foi o primeiro homem que se interessou por mim como Ana e não por mim como uma rapariga para passar tempo.
O tempo passou e quando dei por mim estavam a sair já os jogadores do treino. O Rodrigo sorriu-me e veio ter comigo.
- Cê tá pronta?
- Estou quase… - não fazia ideia de como lhe dizer que ia almoçar com o Roberto…
- Estás pronta guapa? Vamos almoçar? – Nisto aparece o Roberto…
Olhei para o Rodrigo, que me olhava com um ar confuso.
- Rodrigo…eu vou almoçar com o Roberto. Descu…
- Não precisa dizer nada não.
Ele simplesmente saiu e não me deixou pedir-lhe desculpas.
Acabei por ir almoçar com o Roberto, mas sentia-me mal em estar com ele sabendo o que se tinha passado com o Rodrigo. Almocei o mais depressa que consegui dizendo ao Roberto que me tinha de despachar porque tinha uma reunião.
Era mentira, mas não queria estar ali com ele e a pensar no Rodrigo.
Acabamos por nos despedir, uma vez que ele ia voltar para Saragoça. Eu fui para uma praia ali perto. Comecei a caminhar sem direcção nenhuma e sem vontade de parar.
Pensava no Rodrigo, em como é que ele estava, se tinha sido impressão minha ou ele tinha ficado magoado com o que lhe tinha feito.
Parecia-me avistá-lo, sentado no areal com o olhar preso nas ondas do mar…aproximei-me ainda mais dele e sentei-me a seu lado.
- Não queria magoar-te, mas o meu passado tinha acabado de chegar de Espanha. Eu sou uma parva, sou porque te deixei a ti para estar com ele. Eu explico-te…o Roberto foi o meu ex-namorado, e eu ainda gosto um bocadinho dele, mas também gosto um bocado gigante de ti…eu tenho medo. Tenho medo de voltar a estar numa relação com um jogador da bola e que volte a acontecer o que aconteceu com o Roberto. Tenho medo que te vás e que eu volte a ficar sozinha. Eu tenho medo de querer ser tua, tenho medo de querer ser tua e não saber como o ser.
Como reagirá Rodrigo a estas palavras de Ana?
Irão os dois acabar por resolver os seus problemas?
Gostei muito (;
ResponderEliminarQuero ver como vai acabar, fico á espera ;b
Beijinhos
Nii'i
tou á espera de mais
ResponderEliminarai ai , e acabas assim? :b
ResponderEliminarisso não se faz xd
estou a espera de mais, e esta fantástico como sempre ((:
beijinhos, Débora *
Então?
ResponderEliminarSim porque acabar desta maneira deixa-me tanto curiosa que nem um "olá" escrevo primeiro!lol
Quero a reacção do Rodrigo ao que ela disse,e rápido se faz favor! :P
Beijinhos
Rita