sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Capitulo 15: Fazes-me feliz


(Rita)

Fiquei receosa e sem saber se deveria aceitar dormir com o André. Não era a primeira vez que isso acontecia, até porque quando éramos mais novos adorávamos passar os fins-de-semana em casa um do outro. Não perdia nada em dormir com ele…o David até estava a dormir com a Ana no quarto dela. 

- Eu não mordo… - insistiu ele que espera que eu me decidisse. Olha, que se lixe! Enfiei-me na cama e mantive alguma distancia dele…não queria apressar as coisas.

- Que fique bem claro que não me mordes! 

- Claro que não…vamos só dormir como dois meninos bem comportados como no quarto da tua prima. 

- Mas é que é mesmo. Ai…se o David, entra por aqui a dentro de manha e nos vê assim…

- Qual é o mal? Somos dois amigos…e o Rodrigo está a dormir no sofá. 

- Gostas de ter sempre uma resposta? 

- Gosto. 

- E eu também vou gostar muito de dormir. Amanha temos espectáculo logo pela manhãzinha e temos trabalhinho. 

- Tens razão.

- Boa noite matulão – toquei-lhe nos lábios com os meus e virei-me para o outro lado disposta a adormecer.

- Boa noite pequenina – o André ajeitou o meu cabelo e encostou-se a mim. Ficamos os dois super agarradinhos e acabei por adormecer assim. 

(Na manha seguinte) 

Estava tão bem a dormir quando o meu despertador tocou. Depressa o desliguei, não queria nada sair da cama hoje. Virei-me de barriga para baixo e olhei para o meu lado esquerdo. O André dormir que nem uma pedra. Estava mesmo ferrado no sono e de certo não acordaria tão cedo. 
Aproximei-me um pouco dele e comecei a dar-lhe beijinhos no pescoço. 
Ele começava a mexer-se mas não dava sinais de que estivesse a acordar. 

- Matulão…temos de começar a levantar. O David daqui a nada está aí e vai começar mal o dia. 

- Pode começar ele… - falou com a voz rouca. 
Fiquei super arrepiada com aquilo e devo ter corado. 
O André virou-se para mim e abraçou-me, ficando ligeiramente em cima de mim. 

- É bom ter-te de novo na minha vida. Já tinha saudades dos nossos bocados e das nossas conversas. 

- Eu também, e acredita que tentem procurar-te, mas nunca consegui nada. 

- Agora estamos outra vez juntos.

- Fazes-me feliz, Rita. 

- Acredita que tu me fazes mais – virei-me de barriga para cima ficando a escassos milímetros de distancia dele – a Ana é excelente para conversar e desabafar, mas tu és o meu matulão e eu tinha falta destes nossos momentos. 

- Destes não tinhas porque não os tínhamos assim – o André começou a passar com a sua mão pela minha face e a olhar-me de uma maneira mais intensa e com o olhar brilhante. 

- Pedi-te para irmos com calma…

- Mais calmo que isto? – o André começou, lentamente, a aproximar-se de mim, dos meus lábios mais concretamente. 
Fiquei receosa…o meu filho podia entrar a qualquer momento e eu não queria que ele nos visse naquele estado, até porque eu e o André somos só amigos…eu queria algo mais, claro, e ele também, mas é tudo tão recente que as coisas têm de ser levadas com calma. 
Quando dei por mim já nos beijávamos…um beijo calmo e reconfortante. Estávamos apenas numa de dar miminho um ao outro. Quando interrompemos o beijo eu falei: 
- Promete-me que isto não se passa em frente do David. 

- Está prometido…mas poderá vir a acontecer? 

- Claro – voltei a tomar conta dos seus lábios para de seguida me levantar – vamos ver se algo se passa pela sala? 

- Vamos pois! 

O André também se levantou e fomos os dois até à sala. 
Lá estava o meu pimpolho, estava a ver televisão, mas estava mais a dormir que outra coisa. 

- Bom dia filho – fui junto dele e dei-lhe um beijinho na bochecha. 

- Bom dia mamã – ele, meio ensonado, sentou-se no sofá e deu-me um beijinho. 

- Dormiste bem com a prima? 

- Shim…o Godigo tá a fazelhe papa para ela. 

- Ai sim? 

- Shim… - nisto o David apercebe-se da presença do André – bom dia, Gomas. 

- Bom dia David. 

- Também domiste no sofá com o Godigo? 

- Não. Eu dormi…

- Dormiu na tua cama, não faz mal pois não? – afirmei. 

- Não…mas poque que elhe só tá de cecas? 

- Tinha calor – respondeu-lhe o André…neste momento apercebi-me que não estávamos nada apresentáveis. 

- É melhor ele ir vestir-se, não é? 

- É sim. 

- Se houver por aqui novidades vai chamar a mãe, sim? 

- Sim, eu vou mamã. 

Eu e o André fomos novamente até ao meu quarto e começamos a vestir-nos. 
Dei uns últimos retoques ao meu conjunto e quando estava despachada preparei-me para sair do quarto. 


- Já estás despachada? – perguntou o André depois de vestir a camisola. 

- Já…eu não demoro séculos a vestir umas calças, como certas pessoas? 

- Isso é um indirecta? 

- É mesmo directa! 

- Ai sim? – ele aproximou-se e ia a beijar-me quando o David entra pelo quarto. 

- O Godigo acabou de fazer a papa…poque que tas assim com a minha mamã? – perguntou ele metendo-se no meio de mim e do André. 

- O André estava só a ver uma coisa que a mãe tinha no olho. 

- Vocês vão namoar? 

- Tu queres David? – perguntou-lhe o André. 

- Não sei…agora não podem namoar poque eu vou leva a papa à pima com o Godigo, ma depois falamos. 

Fiquei, no mínimo, espantada com as palavras do meu filho, não era nada que não fosse possível, mas não estava nada à espera que ele se desenrasca-se daquela maneira. 
Ele saiu a correr para a sala e nós fomos para lá também. 

Será que David aprovará um possível relacionamento entre Rita e André?
E como será que reage Ana com o pequeno-almoço?

3 comentários:

  1. o david vai aprovar, cá para mim ;)

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  2. Sou fã do David!!
    E quero ver essa conversa entre ele, q mãe e o "Gomas" .
    E claro o pequeno almoço da Ana!
    Bjokinhas
    Mariaa

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  3. Lindo mesmo !
    Amo , continua... :)
    *Ana Rita Pereira

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