sábado, 12 de janeiro de 2013

Capitulo 16: "Tudo Esclarecido?"

(Ana) 


Quando acordei dei pela falta do David na minha cama…seria assim tão tarde?! Eu tinha de ir trabalhar! Sentei-me na cama, olhei para o relógio e ainda era cedo. Provavelmente a Rita tinha vindo buscar o menino para o vestir. Espreguicei-me e foi então que o piolho apareceu: 

- Pima…olha só! – o David apontou para a porta e entrou o Rodrigo. Vinha com um tabuleiro na mão e cheirava a torradas. O David veio a correr ter comigo e deu-me um beijinho na bochecha – o Godigo é que fez a tua papa, mas é pa dizermos os dois bom dia. 

- Bom dia, meu amor – dei-lhe também um beijinho e ele foi para a sala.

O Rodrigo caminhou até à minha cama e pousou lá o tabuleiro. 

- Bom dia – disse ele. 

- Bom dia…tu…o que é que estás aqui a fazer? 

- Eu passei aqui a noite…queria falar consigo antes de ir pró caixa. 

- Posso ir só à sala cumprimentar a minha prima…depois falamos e tomamos o pequeno-almoço? 

- Claro – levantei-me da cama, reparando no meu minúsculo pijama, fui até à sala, mas não estava lá ninguém. 
Esperei um tempo agarrada ao Rodrigo. Precisava de mimo…estou carente, não sei porque acordei assim. Quando a Rita apareceu, apareceu com ela o André…também ele tinha passado cá a noite?! Cumprimentei-os aos dois, mas eles depressa saíram de casa. 

- Parece que tavam com pressa… - comentou o Rodrigo. 

- A pressa deles chama-se…deixar a Ana sozinha com o Rodrigo. 

- Então tão com pressa mesmo – o Rodrigo aproximou-se de mim, agarrando-me pela cintura. Eu coloquei as minhas mãos no seu peito e impedi-o de se aproximar mais. 

- Temos um pequeno-almoço e uma conversa à espera no quarto – afirmei, para de seguida o Rodrigo me soltar e irmos para o quarto. 
Sentei-me na minha cama e comecei a comer. 

- Posso começar já a falar? – Interrogou-me ele. 

- Sim, claro. 

- Bom…é que…ontem na praia, cê falou do seu passado com o Roberto…e a forma como ele está a marcar o seu presente. Cê me quer contar o que se passou? 

- Sim…mereces sabe-lo. Eu e o Roberto namoramos mais de um ano. Ele foi a pessoa mais importante que eu conheci até…até te ter conhecido. Eu amo o Roberto e quero amar-te a ti da mesma maneira, mas com o almoço de ontem eu fiquei super baralhada…e depois a cena da praia…começa a ser muita coisa, percebes? 

- Sim…mas…

- Eu queria ir atrás do Roberto mesmo sabendo que ele está com a Elena…queria muito, mas quero ficar aqui, quero saber se posso, melhor, se consigo esquecer o Roberto e permitir ao meu coração que seja completamente teu. Eu só te tratava um pouco “mal” porque eu queria ter, na minha cabeça, a ideia de que ainda podia voltar com o Roberto e que não me ia apaixonar por nenhum outro jogador da bola. 

- E cê tá falando…que se pode apaixonar por mim? 

- Eu sou apaixonada por ti Rodrigo…mas tenho medo…tenho medo de te perder, como o perdi a ele, tenho medo de ficar sozinha…posso estar a ser egoísta, mas é o que eu sinto…desculpa. 

- Cê não tem de pedir desculpa de nada! – Ele afastou o tabuleiro, que estava no meio de nós, e aproximou-se de mim. Começou por colocar um pedaço do meu cabelo por detrás da orelha e ficou a olhar os meus olhos fixamente…estava a começar a ficar super sem jeito, quando ele falou: - eu respeito os seus medos, sei que podem mudar… e aí, aí eu vou querer ser seu namorado e assumir pra todos. Quero que cê saiba que sempre pode contar comigo e que eu quero que cê seja feliz. Quero que cê tenha sua vida feliz e que essa linda cabeça esteja bem arrumadinha. 

- Obrigada Rodrigo – eu aproximei-me mais dele e abracei-o – obrigada por me compreenderes. 

- Se eu não te amasse não compreendia. 

Amar!? Ele acabou de dizer que me ama!? Amar…amor…amo-te, são palavras tão fortes…e ele, ele disse-a. 

- Essas palavras são fortes, Rodrigo – acabei por comentar. 

- É aquilo que eu sinto – ele criou um espaço milimétrico entre nós, agarrou na minha mão e colocou-a junto do seu coração. Batia aceleradamente, estava com um ritmo super rápido…parecia que ia sair pelo peito fora – cê tá sentindo? – fui incapaz de lhe responder com palavras e apenas assenti com a cabeça – isso é o que acontece cada vez que eu estou com você, cada vez que eu penso em você e em cada vez que você entra nos meus sonhos. Eu fico assim com o simples facto de me distrair com você quando tou vendo televisão…você faz meu coração bater assim…sem jeito. 

- Quem fica sem jeito sou eu…

- E fica linda… - os olhos dele fixaram-se aos meus e sorrimos os dois – cê é linda…seus olhos são perfeitos e me deixam louco pra te beijar. 

- Rodrigo! – Senti-me a corar e baixei a cabeça. O Rodrigo levantou-a e começou a avançar para os meus lábios. A meio caminho parou e olho-me como que a pedir autorização. Eu avancei um pouco, como que a “autorizá-lo”. Ele findou aquela distância entre nós e uniu os nossos lábios. Começou por ser um beijo super calmo, mas acabou por se tornar num beijo com necessidade. Necessidade de não terminar e de continuar para sempre. 
Acabamos os dois um em cima do outro, quando interrompemos o beijo, continuamos deitados um ao lado do outro de barriga para cima. 

- Cê vai trabalhar? 

- Vou – olhei para ele, que estava também a olhar para mim e rimo-nos…problema!? Eu não consigo parar de rir quando estou de barriga para cima. Por entre risos, o Rodrigo dá-me mais um beijo e levanta-se. 

- Tá na hora de a gente ir. 

- Sim…eu preciso de tomar duche e vestir-me. 

- É…eu também. 

- Podes tomar duche aqui! – o Rodrigo olhou-me super admirado…realmente aquilo não me tinha saído lá muito bem – na casa de banho do corredor…podes tomar duche lá – completei meia atrapalhada. 

- Eu vou em minha casa…troco de roupa e pego umas coisas pró treino…a gente se vê no caixa – eu levantei-me e aproximei-me dele, beijando-o com alguma ânsia de o fazer…parecia que os lábios dele tinham criado um íman com os meus.

- Vemo-nos no caixa…precisas que te leve à porta? 

- Não…eu sei ir, não se preocupe – ele deu-me um beijo na testa e saiu do meu quarto. 

Eu fui tomar duche e passei-o todo a cantar…estava a numa de cantar…quem me pode parar!? 
Quando tomei o meu banho fui para a minha cama e sentei-me na cama a olhar pela janela. Estava frio…tendo em conta que estava apenas em roupa interior. Fiquei algum tempo a mirar a rua, o ambiente que estava lá fora. Por um lado apetecia-me ir trabalhar…estava com o Rodrigo…mas por outro lado, podia muito bem passar o dia todo em casa. 
Levantei-me e fui-me vestir:

Antes de sair de casa, ainda terminei o pequeno almoço…eu também não era de comer de manha…mas hoje…hoje estou para fazer tudo o que não costumo fazer. 

Terão Ana e Rodrigo um bom dia bela frente?
Como será a partir daqui a relação dos dois?

3 comentários:

  1. fantastico...

    quero mais... tou super curiosa para ver o proximo...

    continua...

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  2. Fantastico adoro adoro adoro continua.bjs

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  3. Olá guapas :D

    Bem, primeiro quanto ao capítulo 15, AMEI TUDINHO *.* Ainda bem que a Rita aceitou dormir com o "Gomas", também não havia mal nenhum e eles ficam perfeitinhos juntos!!! Espero bem que o pequeno David aprove o namoro, afinal ele até gosta do André e tudo, por isso não deve haver problemas.

    Quanto ao capítulo 16, está uma PERFEIÇÃO *.*, aliás todos os capítulos da fic são Perfeitos e viciantes!!! Amei o facto de o Rodrigo levar o pequeno almoço á cama á Ana, e aquele beijo deles. Espero que esta aproximação deles corra bem e que a Ana começe a deixar os medos de lado e tentar uma relação com o Rodrigo, gostam ambos um do outro e lá no fundo já se amam os dois, mas por a Ana ainda viver presa ao passado tem medo que volte a acontecer e que destrua a sua felicidade.

    Quero o próximo rapidinho, sff e perfeito como todos os outros ;)

    Beijinhos
    Beatriz

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