Saiu
de casa dos meus pais, onde revi a minha família que deixei para trás e me
afastei assim que fui viver para Lisboa, e onde tive aquele estranho reencontro
com os pais do André, devo confessar que desejei tê-lo visto, nós fomos fiéis
companheiros de infância, melhores amigos e quase irmãos mas a distância
estragou a nossa relação, perdi contacto com ele, apenas sei que joga no
glorioso e que uma grande carreira o espera. Enquanto estava grávida vi-o, e já
depois disso também, ele foi ver o David ao hospital e teve algum tempo
connosco nos primeiros tempos de vida do meu filho.
Faço
o caminho até ao Porto, mas vou um pouco acelerada, algo que não é muito comum
em mim visto que tenho muito cuidado comigo e com o meu carro, mas queria mesmo
ver o meu filho e saber como correu o fim-de-semana com o pai e a madrasta,
algo que era novo para ele também, porque desde que eu e o pai dele terminamos
o nosso namoro, eu não tive namorado e o pai dele apenas teve a Renata.
Estaciono o carro, toco á campainha daquela casa que conhecia tão bem, vivi lá
durante algum tempo, e quem me abre a porta é o Miguel mas o vejo, olho para
dentro de casa e a Renata e o David estão a brincar, mais precisamente a correr
um atrás do outro, o que me surpreendeu muito. O Miguel diz-me:
-Entra Rita. – Deu-me espaço para entrar e assim que o fiz
cumprimentei-o com dois beijos. Entrei para dentro de casa e chamei logo o meu
filho:
-Olá David. – O menino que estava parado a descansar veio a
correr até ao pé de mim, deu-me um beijo na face e respondeu:
-Olá mãe. – Estava muito contente mas ao
mesmo tempo muito cansado, senti logo que gostou do fim-de-semana e divertiu-se
muito. – Então filhote já fizeste as
pazes com a Renata? – Olhei para ele e como pequeno que é sorriu e
respondeu muito animado enquanto ela lhe fazia cócegas:
-Sim mamã, o David foi mau. A Genata é fixe.
– Fez-me o sinal de fixe e sorriu.
-Então já lhe pediste desculpa por teres
sido injusto? – Ele acenou negativamente com a cabeça. – Vai lá dar um beijinho, um abracinho e
pedir desculpa. – Dito isto foi ter com ela, deu-lhe um beijinho, um abraço
grande e pediu desculpa.
-Descupa, fui mau. Pometo que não vou seg
mais. – Ela sorriu, deu-lhe um abraço e um beijinho e eu informei que
estava na hora da despedida:
-Amorzinho temos que voltar para Lisboa,
deixamos lá a Ana sozinha. – Ele faz cara triste mas acatou rapidamente a
ordem, o David é muito ligado á Ana e assim que lhe disse, ele entendeu que era
mesmo necessário ir. Despediu-se do pai e da madrasta e fomos até á entrada de
casa, despedi-me também deles e agradeci-lhes:
-Obrigada por cuidarem tão bem do meu filho.
– Cruzaram as mãos sorriram os dois e ele respondeu:
-Do nosso filho Rita, o David é nosso filho
e eu vou sempre cuidar bem dele apesar de estarmos separados. – Quando nos
separamos a minha principal preocupação foi que o Miguel não tratasse bem o
David, ou que o negasse, e admito que depois dele começar a namorar com a
Renata as preocupações aumentaram mas foi tudo em vão.
-Não tens de agradecer Rita, eu amo
o Miguel e a amá-lo tenho de aceitar o David, mas não tento tirar-te o lugar de
mãe, longe de mim, podes descansar porque da nossa parte tudo faremos por ele.
– Aquelas palavras
acalmaram-me. Despedi-me deles, peguei na mochila dele às costas, pedi-lhe que
levasse a dos brinquedos e levei-o até ao carro, coloquei-o na cadeirinha e fiz
o meu caminho de regresso até Lisboa, ainda pensei em ligar para a Ana a
avisá-la mas o efeito surpresa seria melhor e claro como o David adormeceu
antes de sairmos do Porto e dormiu até chegarmos a Lisboa facilitou a minha
decisão. A viagem correu da mesma maneira que tinha corrido para cá, foi calma
e tranquila mas desta vez ele não acordou, o que me causou estranheza porque
ele não costuma ficar tantas horas sem comer e se estivesse a dormir,
normalmente acorda para reclamar com fome. Fiz a viagem e depois de algumas
horas de viagem cheguei ao Seixal, não estava cansada nem pouco mais ou menos
na verdade estou cheia de energia até, mas como o David dorme profundamente e
eu não tenho coragem de o acordar, pego nele ao colo, agarro numa mala, e vou
até minha casa, pelo menos para chamar a Ana para me ajudar, mas mal chego a
casa nada de Ana, decidi ligar-lhe, achei estranho e claro quero saber onde é
que ela está, ligo-lhe e depois de muitos toques, ela finalmente me atende:
-Finalmente Ana! – Exclamei. – Então
rapariga mas tu estás onde? – Comecei a ouvir risadas do outro lado do
telefone, risadas animadas, sozinha não está e está bastante animada.
-Olá prima! – Exclamou animada. -Estou no Caixa porquê?
-Porque cheguei agora e não sabia
de ti, precisava da tua ajuda para descarregar o carro e nada de ti.
-Só me ligas para dizer que precisas de mim,
que prima tão engraçada! – Ela estava realmente muito animada.
-Não é nada disso tu sabes.
-Está descansada que eu e os
rapazes já aparecemos por casa para te ajudar não faças nada, toma só conta do
David que nós já aparecemos.
-Só se for olhar para ele, está a
dormir desde que saímos do Porto. Fico em casa e dás-me um toque para o telefone
e eu desço, pode ser? Quem é que aparece Ana?
-Surpresa! Sim, eu dou-te um toque
para o telemóvel e tu desces. Beijinho até já. Vais gostar muito das surpresas.
-Surpresas? – Isto significa que é mais que uma e da parte da Ana
era de admirar. – Agora ainda me
deixaste mais curiosa. Beijinho até já.
Agarro
num saco, no saco de brinquedos do David vou até minha casa, deito o menino,
vou tomar um banho rápido, muito rápido e visto-me, algo mais prático para
transportar malas, o frio já se fazia sentir ou não estávamos nós no mês de
Outubro, algo prático, confortável mas ao mesmo tempo bonito, isto porque quero
ver quais são os homens-surpresa da Ana.
Deito
o menino na minha cama, isto porque assim sinto-me mais segura e oiço o meu
telemóvel, desço no prédio e vou ter a Ana e com as surpresas, isto porque
fiquei curiosa por saber quais e quem eram as surpresas delas, mas também que
surpresas poderia ter para transportar malas até casa?
Quais serão as surpresas de Ana
para Rita?
Será que Rita vai gostar? O que
dita o destino daquela mãe?
Fantastico continua.bjs
ResponderEliminaramei
ResponderEliminarcontinuem sff
Olá!
ResponderEliminarÉ bom saber que correu tudo bem no fim-de-semana, mas o que eu queria mesmo era o reencontro! Vamos lá a isso! Adorei!
Beijo
Ana
Olá!
ResponderEliminarSó para dizer que estou a adorar a fic e quero ler mais!!
Beijinhos