quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Capítulo 4: Tenho Surpresas Para Ti



(Rita)

Saiu de casa dos meus pais, onde revi a minha família que deixei para trás e me afastei assim que fui viver para Lisboa, e onde tive aquele estranho reencontro com os pais do André, devo confessar que desejei tê-lo visto, nós fomos fiéis companheiros de infância, melhores amigos e quase irmãos mas a distância estragou a nossa relação, perdi contacto com ele, apenas sei que joga no glorioso e que uma grande carreira o espera. Enquanto estava grávida vi-o, e já depois disso também, ele foi ver o David ao hospital e teve algum tempo connosco nos primeiros tempos de vida do meu filho.
Faço o caminho até ao Porto, mas vou um pouco acelerada, algo que não é muito comum em mim visto que tenho muito cuidado comigo e com o meu carro, mas queria mesmo ver o meu filho e saber como correu o fim-de-semana com o pai e a madrasta, algo que era novo para ele também, porque desde que eu e o pai dele terminamos o nosso namoro, eu não tive namorado e o pai dele apenas teve a Renata. Estaciono o carro, toco á campainha daquela casa que conhecia tão bem, vivi lá durante algum tempo, e quem me abre a porta é o Miguel mas o vejo, olho para dentro de casa e a Renata e o David estão a brincar, mais precisamente a correr um atrás do outro, o que me surpreendeu muito. O Miguel diz-me:

-Entra Rita. – Deu-me espaço para entrar e assim que o fiz cumprimentei-o com dois beijos. Entrei para dentro de casa e chamei logo o meu filho:

-Olá David. – O menino que estava parado a descansar veio a correr até ao pé de mim, deu-me um beijo na face e respondeu:

-Olá mãe. – Estava muito contente mas ao mesmo tempo muito cansado, senti logo que gostou do fim-de-semana e divertiu-se muito. – Então filhote já fizeste as pazes com a Renata? – Olhei para ele e como pequeno que é sorriu e respondeu muito animado enquanto ela lhe fazia cócegas:

-Sim mamã, o David foi mau. A Genata é fixe. – Fez-me o sinal de fixe e sorriu.

-Então já lhe pediste desculpa por teres sido injusto? – Ele acenou negativamente com a cabeça. – Vai lá dar um beijinho, um abracinho e pedir desculpa. – Dito isto foi ter com ela, deu-lhe um beijinho, um abraço grande e pediu desculpa.

-Descupa, fui mau. Pometo que não vou seg mais. – Ela sorriu, deu-lhe um abraço e um beijinho e eu informei que estava na hora da despedida:

-Amorzinho temos que voltar para Lisboa, deixamos lá a Ana sozinha. – Ele faz cara triste mas acatou rapidamente a ordem, o David é muito ligado á Ana e assim que lhe disse, ele entendeu que era mesmo necessário ir. Despediu-se do pai e da madrasta e fomos até á entrada de casa, despedi-me também deles e agradeci-lhes:

-Obrigada por cuidarem tão bem do meu filho. – Cruzaram as mãos sorriram os dois e ele respondeu:

-Do nosso filho Rita, o David é nosso filho e eu vou sempre cuidar bem dele apesar de estarmos separados. – Quando nos separamos a minha principal preocupação foi que o Miguel não tratasse bem o David, ou que o negasse, e admito que depois dele começar a namorar com a Renata as preocupações aumentaram mas foi tudo em vão.

-Não tens de agradecer Rita, eu amo o Miguel e a amá-lo tenho de aceitar o David, mas não tento tirar-te o lugar de mãe, longe de mim, podes descansar porque da nossa parte tudo faremos por ele. – Aquelas palavras acalmaram-me. Despedi-me deles, peguei na mochila dele às costas, pedi-lhe que levasse a dos brinquedos e levei-o até ao carro, coloquei-o na cadeirinha e fiz o meu caminho de regresso até Lisboa, ainda pensei em ligar para a Ana a avisá-la mas o efeito surpresa seria melhor e claro como o David adormeceu antes de sairmos do Porto e dormiu até chegarmos a Lisboa facilitou a minha decisão. A viagem correu da mesma maneira que tinha corrido para cá, foi calma e tranquila mas desta vez ele não acordou, o que me causou estranheza porque ele não costuma ficar tantas horas sem comer e se estivesse a dormir, normalmente acorda para reclamar com fome. Fiz a viagem e depois de algumas horas de viagem cheguei ao Seixal, não estava cansada nem pouco mais ou menos na verdade estou cheia de energia até, mas como o David dorme profundamente e eu não tenho coragem de o acordar, pego nele ao colo, agarro numa mala, e vou até minha casa, pelo menos para chamar a Ana para me ajudar, mas mal chego a casa nada de Ana, decidi ligar-lhe, achei estranho e claro quero saber onde é que ela está, ligo-lhe e depois de muitos toques, ela finalmente me atende:

-Finalmente Ana! – Exclamei. – Então rapariga mas tu estás onde? – Comecei a ouvir risadas do outro lado do telefone, risadas animadas, sozinha não está e está bastante animada.

-Olá prima! – Exclamou animada. -Estou no Caixa porquê?

-Porque cheguei agora e não sabia de ti, precisava da tua ajuda para descarregar o carro e nada de ti.

-Só me ligas para dizer que precisas de mim, que prima tão engraçada! – Ela estava realmente muito animada.

-Não é nada disso tu sabes.

-Está descansada que eu e os rapazes já aparecemos por casa para te ajudar não faças nada, toma só conta do David que nós já aparecemos.

-Só se for olhar para ele, está a dormir desde que saímos do Porto. Fico em casa e dás-me um toque para o telefone e eu desço, pode ser? Quem é que aparece Ana?
-Surpresa! Sim, eu dou-te um toque para o telemóvel e tu desces. Beijinho até já. Vais gostar muito das surpresas.

-Surpresas? – Isto significa que é mais que uma e da parte da Ana era de admirar. – Agora ainda me deixaste mais curiosa. Beijinho até já.

Agarro num saco, no saco de brinquedos do David vou até minha casa, deito o menino, vou tomar um banho rápido, muito rápido e visto-me, algo mais prático para transportar malas, o frio já se fazia sentir ou não estávamos nós no mês de Outubro, algo prático, confortável mas ao mesmo tempo bonito, isto porque quero ver quais são os homens-surpresa da Ana.

Calço uns ténis bem confortáveis e práticos para acompanhar a roupa que tinha vestida.
Deito o menino na minha cama, isto porque assim sinto-me mais segura e oiço o meu telemóvel, desço no prédio e vou ter a Ana e com as surpresas, isto porque fiquei curiosa por saber quais e quem eram as surpresas delas, mas também que surpresas poderia ter para transportar malas até casa?


Quais serão as surpresas de Ana para Rita?
Será que Rita vai gostar? O que dita o destino daquela mãe?

4 comentários:

  1. Olá!
    É bom saber que correu tudo bem no fim-de-semana, mas o que eu queria mesmo era o reencontro! Vamos lá a isso! Adorei!

    Beijo
    Ana

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  2. Olá!
    Só para dizer que estou a adorar a fic e quero ler mais!!
    Beijinhos

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