(Ana)
Depressa chegámos a nossa casa. O carro da Rita estava estacionado à porta, eu dei-lhe um toque e esperamos os três junto do carro dela.
- Sua prima vai ter um ataque cardíaco – falou o Rodrigo.
- Se fosse só um ataque cardíaco… eu acho que ela vai entrar em choque. O moço está bastante diferente das fotos que ela tem dele – o André estava um pouco mais afastado de nós e eu falei mais baixo para que ele não me ouvisse. Vi-a perfeitamente que ele estava nervoso e ansioso também.
- Ele tá muito nervoso, cê já viu?
- Sim… deve ser o coração a falar mais alto.
- Cê tá lamechas.
- Eu!? Rodrigo Machado, lamechice é o meu nome do meio!
- Podia não falar meu nome como se fosse minha mãe.
- Oh… menino da mamã Machado.
- Eu te digo quem é o menino da mamã – e com isto começa a fazer-me cócegas. Se há coisa que eu não suporto são cócegas, fico cheia de soluços e nunca é bom resultado.
Estávamos os dois tão distraídos que quando voltei a olhar para o André já ele estava abraçado à minha prima. Aqueles dois eram feitos um para o outro.
- Bem já vi que não tiveste saudades minhas – atirei. Se havia coisa que eu gostava era de me meter com a minha prima. Ela é um ano mais nova que eu, mas somos as duas super malucas.
- Cê é ciumenta – falou o Rodrigo voltando a fazer-me cócegas.
- Sou sim! Sobretudo daquilo que é meu e a prima é minha! – Falei para ele. A Rita começou a aproximar-se de nós e vinha de mão dada com o André.
- Não via o matulão há imenso tempo e a ti e a ele vi anteontem e já entendi que estiveram o fim-de-semana juntos porque alguém dormiu no sofá. Ou foi o Rodrigo, ou o André, ou uma nova conquista tua. – O Rodrigo olhou para a minha prima meio com ciúmes, o que deixou a minha prima super sorridente… casamenteira que ela é!
- Eu não fui, não troco o conforto da minha cama por nada. – respondeu o André.
- Fui eu cara, escusa de bater no ceguinho. – o Rodrigo acabou por admitir.
- Vamos mas é para cima! – os rapazes acabaram por levar as malas para cima e deixamo-las no meu quarto, porque o David estava a dormir no da Rita e ela não o queria acordar.
- Cê quer pagar agora minha aposta? – perguntou-me o David. Não entendi que aposta se tratava, uma vez que não tinha apostado nada com ele.
- Aposta!? – estava completamente à nora.
- Sim! Aquela que cê tem no quarto – respondeu-me piscando o olho. Foi aí que percebi! Era para deixar a Rita e o André sozinhos.
- Ah! Sim! Prima, eu tenho de lhe ir dar uma coisa nós já voltamos – ela respondeu-me, mas duvido que estivesse a tomar atenção… estava demasiado concentrada no André.
Eu e o Rodrigo fomos até ao meu quarto e acabamos por nos sentarmos em cima da cama.
- Cê acha que eles… vão ficar juntos?
- Têm de ficar! A minha prima ama o André, eles são melhores amigos e não é está distância que tiveram que vão ser diferentes.
- E nós?
- Nós o que Rodrigo?
- Vamo ficar junto?
- Estás aqui, já é o segundo dia que passas comigo e as tuas piadas já começam a ter mesmo piada… queres ficar ainda mais junto?
- Tava falando como sua prima e o André…
- Rodrigo… acalma lá os cavalinhos. Eu gosto de estar contigo, mas isso não quer dizer que tenha de ser tua namorada – não estava a ser correcta com ele, nem comigo mesma, a verdade é que eu sinto qualquer coisa por ele, mas da minha última experiência de relações amorosas com um jogador da bola não deu certo. Quando o Roberto saiu do Benfica custou imenso superar isso e acho que o medo de me entregar de novo falou mais alto.
Vi que o Rodrigo ficou um pouco desanimado – nem penses que vais ficar assim! Eu gosto muito de ti! És um menino 5 estrelas e eu adoro estar contigo, mas por favor, não tentes estragar o que temos agora. Vamos dar tempo à nossa amizade e se algo mais vier… só Deus nos pode dizer isso.
- Cê é capaz de ter razão. Desculpa.
- Nada de desculpas, seu tonto!
- Eu te digo quem é tonto! – e nisto mete-se em cima de mim fazendo-me cócegas. Comecei a soluçar e a ficar com dores de barriga de tanto rir.
- Rodrigo, pára! Por favor!
- Que é que cê me dá em troca pra eu parar?
- O que tu quiseres!
- É mesmo?
- É mesmo! Mas pára, ou eu vomito-te para cima!
- Ei, isso não! – ele parou e saiu de cima de mim. Sentamo-nos os dois na cama e eu tentei recuperar a minha respiração normal – cê, vai dar aquilo que eu quero?
- Será que nunca te esqueces de nada!?
- Apostas são apostas. Cê disse que se eu te largasse cê me dava o que eu queria… pois bem, eu quero um beijo seu – mas será que ele não tinha ouvido nada daquilo que eu lhe tinha dito!? Ou era mesmo teimoso!?
- Tudo bem – cheguei perto dele e dei-lhe um beijo na bochecha.
- Gostei muito desse, mas não era bem o que eu tava pensando.
- Ei… tu tem lá calma contigo. Já te dei um beijo e era o que me tinhas pedido.
- E eu te posso dar um?
- Desde que não te estiques!
O Rodrigo aproximou-se de mim e beijou-me a bochecha direita.
Aquele contacto dos seus lábios com a minha pela, deixou-me completamente KO. Eu adoro a companhia dele e faz-me sentir alegre e bem disposta, porque é o que ele é.
Eu confesso que é mais do que amizade que sinto por ele, mas tenho medo, tenho medo de me entregar por completo a uma pessoa como me entreguei uma única vez.
As nossas faces estavam muito próximas uma da outra e eu conseguia sentir a respiração dele contra a minha. Ele era perfeito, estava perfeito. Cada milímetro de si era como se fosse uma escultura completamente perfeita.
Será que entre os dois algo mais acontece?
E com a prima Rita e o André? Que será que se passa na sala?
estou a adorar esta história, principalmente este passado da Rita e do André! :)
ResponderEliminarquero muito o proximo, parabéns às duas pela história!
beijinhos !
ui, que isto vai aquecer
ResponderEliminarOlá!
ResponderEliminarBem que isto esta a ficar tao mas tao interessante! Custava-te muito teres escrito mais 3 ou 4 paragrafos??? Quero ver onde isto vai parar! Eu ca nao resistia... xD
Espero o proximo! Quero saber como ficaram as coisas na sala ;)
Beijo
Ana