sábado, 29 de dezembro de 2012

Capitulo 9: “Deixa-me ficar com uma recordação tua“

(Rita)


Estamos frente a frente, olhos nos olhos, os nossos corpos estavam a centímetros, quando cruzamos as mãos, tanto a direita como a esquerda. Não sei o que se está a passar. Sinceramente, ele, aos poucos dá comigo em doida, não posso dizer que não sinto nada quando estou com ele mas não é amor, é do nosso reencontro, ou talvez não. Não sei explicar ele provoca sentimentos em mim que nunca antes provocou, talvez é do reencontro ou talvez não, magoa-me saber que o que sinto por ele mudou, e não saber o que sinto por ele, tenho vontade de o abraçar, de o beijar mas também de falar com ele, não é amor mas também não é amizade. É um carinho especial posso dizer. Separo a minha mão esquerda da dele e colocou sobre os seus peitorais, o seu coração bate a um ritmo acelerado. A um ritmo que não parecia normal, fiquei um pouco assustada, com medo que algo de mal estivesse dele mas pelo seu sorriso lindo e maravilhoso não podia estar nada de mal, pelo menos com a sua saúde estava tudo bem, quanto aos seus sentimentos deviam estar tão confusos como os meus, tudo mudou, todo aquele tempo que estivemos separados e todas aquelas mudanças que vivemos mudaram-nos. Com a sua mão esquerda, encosta ao fundo das minhas costas e puxa-me contra ele, o seu toque deu-me segurança, transmitiu-me confiança mas ao mesmo tempo uma certa rigidez como se fosse obrigado a fazer aquilo, como se quisesse demais aquele momento, aquele aproximar dos nossos corpos fazia-me suspirar, fazia sentir-me nas nuvens, não percebo o que ele me faz sentir, talvez seja amor ou talvez seja só os meus desejos carnais de voltar a ter um homem, neste momento estou apenas dedicada ao meu filho mas a vontade de amar alguém nasceu e vive em mim, e o desejo de amá-lo a ele era cada vez mais forte… Já o adorava desde sempre, a nossa amizade é forte e duradora, somos companheiros mas será que estou preparada para o amar? Será que é o nosso destino ficarmos juntos? Acho que dentro de mim já nasce um sentimento diferente, mas não quero estragar a nossa amizade, ficamos frente a frente com as nossas caras a escassos milímetros, porque centímetros eu não me atrevo a dizer. A distância era tão curta mas ao mesmo tempo tão longa, fazia-me desejá-lo ainda mais, o desejo de o beijar nasce em mim a um ritmo alucinante, acho que nem nunca exigi tanto algo assim, sei que o beijo pode estragar a nossa amizade, que eu privilegio muito mas a necessidade do seu beijo, do seu toque torna-se cada vez mais insaciável, torna-se cada vez mais difícil de controlar, ele coloca a sua mão direita sobre a minha face e eu coloco a mão sobre o seu pescoço, sentia que era quase como um impulso para ele encurtar o pouco espaço que tínhamos de distância, sentia já a sua respiração ofegante e a embater nos meus lábios, ele estava-me a deixar louca e encosta os nossos lábios. O beijo foi tão curto, teve sabor a tão pouco mas ao mesmo tempo foi um pecado tão grande. O que significa aquele beijo? Não quero estragar a nossa amizade mas quero arriscar em algo mais que isso, o Rodrigo e a Ana aparecem e o Rodrigo diz:

-Cê já ‘tá pronto? – Eu e o André separamo-nos logo, quer as nossas mãos, quer os nossos corpos, como os toques, mantivemos a distância para fingir que nada tinha acontecido. Eles ficaram quase sem reação e eu fiquei mesmo sem reação, não queria que nos tivessem apanhado naquele beijo mas ao mesmo tempo queria que soubesse a mais. A Ana com os seus lábios pediu-me desculpa e o André respondeu:

-Sim, estava só a despedir-me da minha pequenina. – Aquele momento foi embaraçado o suficiente para nós. Ele aproximou-se de mim, colocou a mão ao fundo das minhas costas e sussurrou-me com os seus lábios bem encostados ao meu ouvido:

-Até depois minha pequenina, não te esqueças do dia de hoje que eu nunca o vou esquecer. – Sorri mas também corei, o André afastou-se e já a sair de casa falei um pouco mais alto:

-Espera… - Ele olhou para trás, e eu respirei bem fundo para ter coragem para dizer o que tanto desejava. – Deixa-me ficar com uma recordação tua. – Ele correu até junto de mim e encostou os nossos lábios, mas um beijo tímido e envergonhado, foi só um encosto de lábios. Sorriu e ainda muito próximos digo-lhe:

-Deixa-me ficar com uma fotografia tua. – Ele sorriu e tirou o seu telemóvel do bolso e deu ao Rodrigo para nos tirar uma fotografia, eu entreguei-lhe também o meu para nos tirar uma fotografia, não aguentava esperar até amanhã para o voltar a ver, queria deitar-me e sorrir a ver a sua fotografia, ver o seu sorriso e voltar a sentir-me feliz, voltar a senti-lo bem perto de mim. O Rodrigo tirou primeiro a fotografia do telemóvel do André:


A nossa primeira fotografia depois do reencontro, depois daquele misto de emoções nascer em mim. Mudamos de posições para tirarmos uma fotografia diferente para o meu telemóvel.



Esta fotografia era realmente mais romântica, notava-se mais a cumplicidade entre nós, o Rodrigo devolveu-nos o telemóvel e despedimo-nos já na entrada de casa com um abraço forte e sentido e para deixar a minha marca nele, dou-lhe um beijo no pescoço bastante sensual, onde ficou exatamente a marca do meu batom, era a minha maneira de lhe demonstrar que o sentimento era recíproco. Que queria um “nós” mas ao mesmo tempo tinha medo do futuro, eles foram-se embora e eu senti um vazio inundaram-me, fechei a porta, deslizei até ao fim e larguei um sorriso tipicamente romântico, não sei explicar, a Ana olhou para mim e disse:

-Desculpa ter interrompido, não tinha intenção. Mas já vi que as coisas andam muito avançadas. – Pouco ouvi mas o suficiente, a minha cabeça estava longe, bem longe dali, estava no André e apenas no André. Respondi-lhe:

-Não vou dizer que não interrompeste, é claro que interrompeste mas não faz mal eu não queria prolongar o momento muito mais, quero levar tudo com calma. – Levantei-me e enfrentei-a, que também tinha um sorriso safado na cara.- Mas já vi que não fui a única a ter um momento destes. Conta lá o que se passou… - Ela virou costas e foi para o quarto mas ainda respondeu:

-Até amanhã priminha, vai dormir que o teu mal é mesmo sono, ou então saudades do matulão. – Sorri, aquela rapariga é mesmo decidida, e não queria insistir com ela, peguei no telemóvel e olhei para a imagem, soltei o sorriso mais feliz que alguém possa imaginar e fui até ao meu quarto vestir o meu pijama e deitar-me ao lado do meu filho que já dormia profundamente á algum tempo, mas ainda oiço um “bip” no telemóvel. Olhei atenta para o telemóvel, era tarde e não esperava mensagem de ninguém e além disso o número não estava identificado. 

“De: 91#######
Adorei o nosso reencontro, foi tão, tão… Especial! Obrigada pela companhia, por seres assim tão especial para mim, por continuares a ser a minha pequenina, há coisas que não mudam mesmo com o tempo… O David é mesmo lindo e inteligente sai á mãe! Beijinhos e espero que amanhã possamos combinar qualquer coisa, já tenho saudades tuas! Quero repetir os nossos beijinhos. Te adoro pequenina <3 “
Guardei o número no telemóvel como “O Meu Homem” e decidi responder…

Que será que Rita irá responder? 
O que significará aqueles beijos? Será que no dia seguinte se reencontraram?

3 comentários:

  1. o que hei-de dizer...
    gostei do capitulo, tá brutal a parte do beijo e adoro a segunda imagem que colocaste.
    amo o actor Channing Tatum ;)

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  2. Adorei quero o proximo.bjs

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  3. Ui ui! "Meu homem"!
    Adorei! He he he
    Bjs

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