quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Capitulo 6: O Reencontro



(Rita)

Desci um pouco atarefada e a correr, não queria demorar para não deixar o meu filho sozinho em casa durante muito tempo, ele poderia acordar com fome, rabugento ou com a fralda suja e a sentir-se em casa sozinho poderia sentir-se mal, e não era seguro, eu pelo menos não me sentia bem em deixá-lo assim, e claro estava curiosa por ver as surpresas da Ana, afinal não era só uma, era duas! E claro ia perguntar-lhe porque razão alguém tinha dormido no sofá da sala, será que ela finalmente se irá entendido com o Rodrigo? Mas assim ele não dormiria no sofá mas sim no quarto com ela, mas enfim era esperar para saber. Eles estão caidinhos um pelo outro mas nunca tiveram coragem para o assumir, ela já me disse que ele não lhe era indiferente, mas não voltou a falar do assunto, entendi que não queria fazer e eu não insisti, será que eles finalmente se tinham endireitado e já namoravam? Isto de não ter uma relação ou um amigo-colorido tornava-me ainda mais casamenteira e confesso que desde que os conheço que faço figas para estarem juntos.
Chego á entrada do prédio e quem lá estava não me surpreendeu, o Rodrigo e a Ana a fazerem cócegas um ao outro, muito divertidos, bem se era esta a surpresa devo confessar que não me surpreendeu. Abro a porta e o rapaz que estava encostado ao carro do Rodrigo, que estava estacionado ao lado do meu, olhou para mim e sorriu, corremos em direcção um do outro e eu não consegui esconder a felicidade, era o André… O André Gomes, o rapaz que me acompanhou durante toda a vida, o meu colega de infância, o meu melhor amigo, estava tão diferente desde a última vez que o vi, a barba cresceu, ele estava mais alto (ele sempre foi alto e fazia questão de me lembrar que ao seu lado sou pequenina e chamava-me assim mesmo), estava mais bonito, mais homem, mais evoluído e claro que uma série de sentimentos nasceram em mim, aquelas diferenças, aquelas evoluções tornaram-no num homem, e é mesmo esta a expressão certa, um homem alto, bem composto, bonito e com princípios, valores, com educação que sempre teve. Corro até ele e abraço-o.
Ai que saudades que eu tinha dele, e do seu abraço, do seu toque, ele larga o sorriso mais contagiante que vi nele até hoje e ficamos assim abraçados durante muito tempo até que ele me sussurra bem junto ao meu ouvido:

-Continuas a ser a minha pequenina... – Larguei um sorriso gigante e corei mas ainda nos seus braços, também bem perto do seu ouvido respondi:

-E tu continuas a ser o meu matulão! – Afastamos os nossos corpos e demos muitos beijinhos nas bochechas, não sei explicar mas ele “mexeu” comigo talvez seja só do reencontro que não esperava, não sei talvez seja algo mais mas espero bem que seja só por ser o nosso reencontro. Ficamos assim a conversar e a divertirmo-nos durante algum tempo até que a minha prima nos interrompe dizendo:

-Bem já vi que não tiveste saudades minhas. – Esqueci-me de a cumprimentar, a ela e ao Rodrigo mas mal vi o André não consegui ter outra reacção  queria estar junto dele, matar saudades. Mas o Rodrigo claro respondeu-lhe:

-Cê é ciumenta. – Começaram novamente a fazer cócegas, e eu não sei porquê agarrei na mão do André e aproximei-nos deles, não sei o que me deu, foi um gesto involuntário talvez, mas ele não recusou, antes pelo contrário apertou-a ainda mais e foi comigo até junto deles.

-Não via o matulão há imenso tempo e a ti e a ele vi anteontem e já entendi que estiveram o fim-de-semana juntos porque alguém dormiu no sofá. Ou foi o Rodrigo, ou o André, ou uma nova conquista tua. – O Rodrigo olhou-me meio com que ciúmes e eu sorri, o André respondeu logo:

-Eu não fui, não troco o conforto da minha cama por nada. – Sorrimos cumplicemente. 

- Fui eu cara, escusa de bater no ceguinho. – Respondeu o Rodrigo. 

Abri o carro e os homens levaram as malas isto porque só havia duas e o André insistiu que levava uma e por vontade, teimosia e brincadeira do Rodrigo e da Ana, ele levou a outra mala. Subimos até nossa casa num instante, lá teríamos tempo e mais á vontade para falarmos, pousaram as malas no quarto da Ana, isto porque no meu e do David estava o pequeno a dormir e pedi que não o incomodassem, afinal acordaria rabugento e supôs que não descansou nada no fim-de-semana, entre a brincadeira com a madrasta e com o pai, mas mal o André me pede para o rever eu cedo, não conseguia dizer-lhe que não, era impossível não o fazer, ele ficou completamente deliciado a olhar para ele e os seus olhos brilhavam como era possível um bebé com 2 anos fazer brilhar os olhos dele, e nem o vi-a há muito tempo. O Rodrigo e a Ana foram até ao quarto porque supostamente ele perdeu uma aposta e envolvia qualquer coisa no quarto, eles explicaram mas eu estava tão entretida a deliciar-me com o André e no modo ternurento com que olhava para o meu filho, com a sua presença e com a sua forma de estar e parecer que nem ouvi, entendi que o mesmo se passou com ele. Fomos até á sala, sentamo-nos no sofá, um ao lado do outro mas a olharmo-nos olhos nos olhos, confesso que estremeci-a sempre que me olhava com aquele olhar forte, e aquele novo porte dele fazia-me delirar, e o seu toque era tão masculino, tão seu… Sempre de mãos dadas íamos falando, mas ele estava mais interessado em ouvir a evolução da minha vida nos últimos anos do que em contar-me a sua história. Desde a última vez que nos vimos, queria saber: o porquê da minha mudança para Lisboa, que contasse as aventuras da maternidade, muito mais sendo solteira, que contasse como estavam as coisas no Norte, isto porque pelo caminho até nossa casa a Ana contou-lhe que voltei ao norte para passar o fim-de-semana pela primeira vez desde que me mudei para o Seixal, lhe contasse tudo sobre o David, queria conhecer um pouco mais de mim desde que nos separamos, e eu contei-lhe com todo o cuidado e atenção, sempre olhos nos olhos e com as mãos um sobre o outro e claro de vez em quando trocando beijinhos nas faces, era uma faceta nossa, não havia medo de algum toque diferente, estávamos completamente á vontade um com o outro. Mas também consegui saber um pouco da história dele, quer dizer o que perdi desde a última vez em que estivemos juntos, mas assim que ele começa a contar desde a sua chegada ao grande Benfica, aparece o Rodrigo e a Ana e eu olho para o relógio, já passava das 20h. E claro estava na hora de jantar e decido convidá-los para jantar, isto porque ainda queria falar com o André, havia tanto para falar e nem a meio íamos:

-Matulão. – O André sorriu. – E tu… - Apontei para o Rodrigo que sorriu, em conjunto com a Ana, realmente notava-se e bem a diferença com que tratei os dois, também porque adorava meter-me com ele, mas claro na brincadeira, ele é todinho da minha prima, não quero namorado nos próximos tempos. – Querem jantar cá em casa?

-Então e eu?- Perguntou a minha priminha.

-Tu não precisas de convite tonta a casa é tua mas eles precisam… Então meninos querem? – Olhei para os dois á espera de uma resposta que a mim me parecia irrecusável e no fundo pedia para o André aceitar por minha causa mas também por causa do David, porque da parte do Rodrigo quase de certeza que aceitaria por causa da Ana, as coisas entre eles estavam a ajustar-se, até que enfim!

O que será que eles vão responder?
Como será o resto do reencontro entre os amigos de infância? O que destina o futuro deles?

5 comentários:

  1. Olá!
    Primeiro...Rita Maria aquele gif!!! Grrrrr nao sei como a Ana autoriza armas dessas nos capitulos xD
    Quanto a este reencontro...Ai que fofo! Consegui sentir perfeitamente o que a Rita descrevia, por um lado a amizade por outro...Come on que homem!!!
    Va espero o proximo! E tenho a certeza que vao todos jantar juntos até porque gostava de ver o David e o Andre juntos. Tenho curiosidade para ver como se relacionariam!

    Beijo
    Ana

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  2. Esta fantastico adoro adoro adoro.quero o proximo rapido.bjs

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  3. Amei <3
    Quero mais, por favor...
    E rapidinho...
    Continua...
    Beijinhos :*

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  4. Hola mi princesita y Ana xD

    Primeiro de tudo desculpem só agora comentar, mas andei com uns probleminhas porque não conseguia entrar no vosso blog (aqui o pc andava maluco xD). Agora que consegui resolver a situação vou tentar comentar sempre os capítulos, sim porque eu AMO de perdição esta fic magnífica.

    Aquele Andre, ai meu Deus que homem, quero ver a Rita juntinha com ele ia ser uma familia feliz e de certeza que o David iria gostar :D
    Também quero ver a Ana e o Rodrigo juntos, tanta picardia só pode acabar em amor e eles irão fazer uma casal sensacional xD

    Quanto as respostas ás perguntas no fim do capítulo, claro que eles vão aceitar o convite para jantar, só tem de o aceitar. E espero bem que este reencontro corra ás mil maravilhas e que estes dois aproveitem bem o tempo perdido e claro que o destino é ficarem juntinhos e felizes xD

    Deixando-me de conversa, quero rapidinho o próximo e bem rápido minhas meninas!!!! :p

    Besos guapas
    Beatriz

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